Mulheres conquistam a Odontologia!

Quantas datas comemorativas: em março, dia internacional da mulher; em abril, Tiradentes, patrono da Odontologia; em maio, dia das mães. E por que não mesclarmos essas datas para conhecermos um pouco sobre as conquistas femininas dessas mães, profissionais e, acima de tudo, mulheres da Odontologia?Comemorado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher foi instituído em 1977 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas femininas, além de alertar, combater as discriminações e violências sofridas pelas mulheres em todo o mundo. E não é só na política, no meio artístico, esportes e negócios que a presença feminina vem crescendo significativamente: na área da saúde também. Atualmente, mais de 70% dos formandos em Odontologia e mais de 50% de todos inscritos no CFO são mulheres: uma “revolução silenciosa” como muitos denominam, apesar de ainda limitada à representação política e corporativa. O interesse feminino aumentou muito pelo caráter liberal da profissão, por permitir jornada de trabalho flexível e um relativo prestígio social. Isso é mais evidente na área médica e odontológica, profissões até então exercidas quase que exclusivamente por homens, diferentemente da enfermagem, por exemplo, com a predominância feminina. Emeline Roberts Jones foi, provavelmente, a primeira mulher a praticar a Odontologia nos Estados Unidos, tornou-se assistente de seu marido em 1855. Em 1912, foi premiada como membro honorário da Sociedade de Odontologia de Connecticut.

Em 1899, a primeira mulher brasileira recebia o título de cirurgiã-dentista, Isabella Von Sydow. Antes dela, outra brasileira, Antonia d’Avila, recebeu o título, mas era da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos. As pioneiras na Odontologia são dignas de reconhecimento e admiração, pois quebraram barreiras tradicionais e definiram normas e padrões para outras gerações da “medicina dentária”. Assim como a medicina tem Elizabeth Blackwell, a enfermagem tem Florence Nightingale, a Odontologia tem Lucy Taylor Hobbs e Henriette Hirschfeld. Nascida em New York, 1833, Lucy Hobbs Taylor foi considerada a primeira mulher a concluir o ensino odontológico com licenciatura em medicina dentária e posteriormente o doutorado. As mulheres praticavam a Odontologia sem graduação, sob a supervisão de um dentista, e a maioria se limitava a mãe, professora ou enfermeira.

Gradualmente, a Odontologia tornou-se mais popular, principalmente entre as europeias que, impedidas de cursar em seus próprios países, vinham para a América. Entre 1930 e 1940 algumas fizeram pós-graduação de Ortodontia, Odontopediatria; outras escreveram artigos científicos. Assumiam com responsabilidade e credibilidade suas funções, conquistando, inclusive, menções honrosas pelas pesquisas realizadas. A maioria de Universidades dos EUA. Muitas dentistas passaram a atuar em hospitais e faculdades de Medicina Dentária em 1945. Considerada uma profissão tipicamente masculina, a Odontologia foi cada vez mais difundida entre os brasileiros, e no período de 1965 a 1975 houve um “boom” do sexo feminino nas faculdades. Quantas datas comemorativas: em março, dia internacional da mulher; em abril, Tiradentes, patrono da Odontologia; em maio, dia das mães. E por que não mesclarmos essas datas para conhecermos um pouco sobre as conquistas femininas dessas mães, profissionais e, acima de tudo, mulheres da Odontologia?

Comemorado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher foi instituído em 1977 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas femininas, além de alertar, combater as discriminações e violências sofridas pelas mulheres em todo o mundo. E não é só na política, no meio artístico, esportes e negócios que a presença feminina vem crescendo significativamente: na área da saúde também. Atualmente, mais de 70% dos formandos em Odontologia e mais de 50% de todos inscritos no CFO são mulheres: uma “revolução silenciosa” como muitos denominam, apesar de ainda limitada à representação política e corporativa. O interesse feminino aumentou muito pelo caráter liberal da profissão, por permitir jornada de trabalho flexível e um relativo prestígio social. Isso é mais evidente na área médica e odontológica, profissões até então exercidas quase que exclusivamente por homens, diferentemente da enfermagem, por exemplo, com a predominância feminina. Emeline Roberts Jones foi, provavelmente, a primeira mulher a praticar a Odontologia nos Estados Unidos, tornou-se assistente de seu marido em 1855. Em 1912, foi premiada como membro honorário da Sociedade de Odontologia de Connecticut. Em 1899, a primeira mulher brasileira recebia o título de cirurgiã-dentista, Isabella Von Sydow. Antes dela, outra brasileira, Antonia d’Avila, recebeu o título, mas era da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos.

As pioneiras na Odontologia são dignas de reconhecimento e admiração, pois quebraram barreiras tradicionais e definiram normas e padrões para outras gerações da “medicina dentária”. Assim como a medicina tem Elizabeth Blackwell, a enfermagem tem Florence Nightingale, a Odontologia tem Lucy Taylor Hobbs e Henriette Hirschfeld. Nascida em New York, 1833, Lucy Hobbs Taylor foi considerada a primeira mulher a concluir o ensino odontológico com licenciatura em medicina dentária e posteriormente o doutorado. As mulheres praticavam a Odontologia sem graduação, sob a supervisão de um dentista, e a maioria se limitava a mãe, professora ou enfermeira. Gradualmente, a Odontologia tornou-se mais popular, principalmente entre as europeias que, impedidas de cursar em seus próprios países, vinham para a América. Entre 1930 e 1940 algumas fizeram pós-graduação de Ortodontia, Odontopediatria; outras escreveram artigos científicos. Assumiam com responsabilidade e credibilidade suas funções, conquistando, inclusive, menções honrosas pelas pesquisas realizadas. A maioria de Universidades dos EUA. Muitas dentistas passaram a atuar em hospitais e faculdades de Medicina Dentária em 1945. Considerada uma profissão tipicamente masculina, a Odontologia foi cada vez mais difundida entre os brasileiros, e no período de 1965 a 1975 houve um “boom” do sexo feminino nas faculdades.

Ainda no final dos anos 1990, a maioria dos cirurgiões-dentistas era masculina. A forte presença feminina no mercado de trabalho é consequência da inserção no ensino superior. Cada vez mais ocupavam outras áreas da saúde antes exclusivamente masculinas, chegando em alguns casos à inversão de papéis: temos hoje o “dono de casa” em que a provedora do lar é uma mulher, com diversos espaços na sociedade, muitas vezes sem abrir mão da maternidade e cuidados com o lar. Até 2001, segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), dos 163.630 cirurgiões-dentistas inscritos nos Conselhos Regionais de Odontologia, 51,68% eram mulheres e nas faculdades representavam 64,2% dos graduandos. Desde o início da incorporação da mão-de-obra feminina em massa durante o século XIX, o papel da mulher na sociedade passou por diversas mudanças, inclusive no contexto econômico-cultural e sua busca pela igualdade de direitos sociais. Atualmente representam cerca de 41% da força de trabalho no Brasil; nos Estados Unidos, elas são mais da metade.

Instituída em 01/10/2001, através da Portaria nº 54 /2001, a Comissão Especial da Mulher Cirurgiã-Dentista tem por objetivo promover debates, cursos e outros estudos, visando à atuação feminina na Odontologia e a atuação da profissão em prol da sociedade. De acordo com a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), as mulheres são maioria na profissão, cerca de 52%, em 25 dos 27 Estados do Brasil, exceto em Santa Catarina e no Acre. O maior percentual de cirurgiãs-dentistas está na Paraíba, Sergipe e Alagoas, com cerca de 65% cada. Os dados são da pesquisa “Perfil Atual e Tendências do Cirurgião-dentista Brasileiro”, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde, além do apoio da ABO.

A Odontologia confirma uma tendência mundial: conforme dados do CFO, elas representam quase 64% dos profissionais inscritos no país, os homens prevalecem ainda somente nas faixas acima dos 56 anos. O Brasil conta com 19% dos cirurgiões-dentistas do mundo. São quase 220 mil profissionais ao todo; cerca de 57% concentram-se em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, centros onde também prevalecem as mulheres. As melhores rendas estão no Amazonas, Acre, Tocantins, entre outros. Mulheres também são a maioria nas especializações, principalmente na Odontopediatria, com cerca de 85%, além de Saúde Coletiva, Dentística, Odontologia Preventiva, Odontologia do Trabalho, Ortopedia e Ortodontia. Cerca de 140 mil dentistas, ou seja, 2/3 da categoria trabalham como autônomos. Outros 59 mil, dos quais 58% são mulheres, trabalham no SUS, nas equipes do Programa Saúde da Família e nos Centros de Especialidades Odontológicas.

Mulheres gerenciam e cuidam de seus lares e muitas vezes, dos próprios familiares; estudam e se atualizam na profissão. Além disso, são agentes de saúde, com dupla responsabilidade: a de ter uma vida saudável e a de promover a saúde aos pacientes e amigos, familiares.

Essa rotina representa uma ameaça à saúde. Há comprovações científicas que revelam o quanto a mulher moderna passa por processos de estresses severos decorrentes de suas duplas ou triplas jornadas de trabalho, chegando a distúrbios psicológicos, transtornos físicos e até consumo exagerado de álcool, daí a importância do autocuidado e da prevenção.

Como já foi comentado em outras edições, a Odontologia cresce a cada dia, principalmente em relação à equipe auxiliar, e sabemos que a maioria são mulheres, sejam auxiliares ou técnicas de saúde bucal. A oportunidade de crescimento pessoal e profissional é clara quando se percebe que muitas ingressam nas faculdades, principalmente nos cursos noturnos, conciliando trabalho e estudo.

São mulheres batalhadoras que seguem a carreira realmente por amor ao que fazem, gerenciam consultórios próprios ou não, organizam atividades educativas, são pesquisadoras, autoras, professoras, especialistas, atuam em empregos públicos ou privados. Parabéns para todas, que além de dentistas, técnicas ou auxiliares de saúde bucal, são mães, donas de casa, namoradas, companheiras, cuidadoras, provedoras da família, enfim, mulheres!

Marina Montenegro Rojas

  • Cirurgiã-dentista.
    Membro da Diretoria da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD Pinheiros) e da Coordenação do Projeto Odontocomunidade – CIOSP.
    Cirurgiã-Dentista do Programa Saúde da Família da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
    Docente da Equipe Biológica nos Cursos para Auxiliares – APCD e ABO.
    Consultora em Odontopediatria do site “multiplos.com.br”.

 

Fonte: http://www.odontomagazine.com.br/2012-05-mulheres-conquistam-a-odontologia-11324

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